Texto: Sérgio Dias
Fotos: Pixabay
Todo tutor, antes de programar qualquer passeio, sempre se pergunta: será que posso ou é adequado levar o pet no lugar que pretendo ir? Como bem sabemos o Carnaval está aí e, mesmo após as datas oficiais, o mês de fevereiro é marcado pelos bloquinhos realizados em espaços públicos e ao ar livre.
Tem tutor que inclui o pet na folia, inclusive fantasiados, para deixá-los fazer parte de um momento considerado divertido para os humanos. Mas será que esses ambientes são adequados para eles? Fomos foi tirar essa dúvida com geneticista Camilli Chamone, que também é consultora em bem-estar e comportamento canino.
"Apesar de muitos carnavais serem ao ar livre, a música geralmente é bem alta e há um aglomerado de pessoas, o que pode assustá-los, além de encontrarmos restos de comidas e bebidas facilmente espalhadas pelo chão, que ao serem ingeridas, podem fazer mal", alerta a consultora.
Outro ponto a se considerar é que estamos em pleno verão, com altas temperaturas. Os cães regulam a temperatura do corpo através da respiração: ou seja, eles respiram para eliminar ar quente de dentro do organismo e inspirar ar frio. Porém, se o ar externo já está muito quente, eles não conseguem resfriar seu próprio corpo.
Assim, o ambiente carnavalesco reúne diversos elementos que não são favoráveis aos pets. "Cachorros têm comportamentos naturais diferentes dos nossos, que envolvem, por exemplo, farejar, roer, e cavar, e nada disso será proporcionado, a eles, em festas de carnaval", afirma Chamone.
Para proporcionar bons momentos aos pets são indicados outros tipos de folia, como um passeio no parque ou uma viagem com muita natureza, pois trará a ele cheiros diferentes, estimulando o olfato, considerado o seu principal sentido, além de ações como cavar e marcar território.
Mas, se o tutor não quer de jeito nenhum perder a folia nos bloquinhos, o melhor é deixar o pet no conforto de sua casa, mas com atrações que o deixará com o bem-estar elevado.
"É possível enriquecer o ambiente ao esconder petiscos pela casa, por exemplo, colocando o olfato para trabalhar, ou deixar um osso para roer. Assim, todos podem curtir aos seus modos, com o respeito aos gostos e às necessidades de cada espécie", finaliza a Chamone.
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