Chance de vitória e liderança escapam de Massa
Ferrari joga corrida fora e compromete campeonato do brasileiro
Edmur Hashitani
Pela primeira vez em quase um ano de coluna, não tenho a menor vontade de comentar o último GP de Fórmula 1. A isenção jornalística ficou por lá, no box ocupado pela Ferrari na pista temporária de Cingapura. Porque, durante a chatíssima primeira parte da prova, eu já pensava neste parágrafo: “brasileiro faz história”; “Massa é o primeiro a vencer prova noturna”; e “noite cingapurense é embalada por hino brasileiro” eram algumas das possibilidades cogitadas até Piquet Jr. acertar o muro e causar a entrada do Safety Car.
Porque logo após o erro de Nelsinho, o carro de Barrichello apagou estranhamente. Superstições a parte, temi pelo futuro de Felipe Massa na prova. E então o piloto entrou nos boxes, trocou os pneus e Kimi Räikkönen encostou, esperando sua vez de realizar as trocas. O mecânico-chefe, Federico Uguzzoni, talvez na pressa de liberar a vaga para o finlandês, apertou antecipadamente o botão que liberava o mini-semáforo do brasileiro. Isso porque a Ferrari teve a genial idéia de trocar o velho “pirulito” por um sistema eletrônico. O resultado, todos já sabem. Felipe saiu com mangueira e tudo, fechando Sutil.
Além do enorme tempo perdido, esperando a equipe retirar o equipamento, o paulista foi punido pela manobra perigosa. Voltou na última posição, enquanto Hamilton figurava no meio do pelotão. Tudo em função de um botão apertado na hora errada. Coincidência, ou não, ano passado o inglês perdeu o título após apertar um botão errado em seu volante na etapa decisiva.
Outra coincidência é que Uguzzoni é o mesmo funcionário que liberou Schumacher antes do reabastecimento em um GP em 2000. Algum tempo depois, o alemão resolveu instalar espelhos nas placas de pit-stop, para poder ver o que está acontecendo. Tendo por base a idéia do multi-campeão, dá pra perceber que o equipamento eletrônico é um retrocesso, pois tira todo o controle das mãos do piloto.
Sobre a corrida, justiça seja feita, a vitória ficou com Fernando Alonso, que havia sido o destaque dos treinos livres, mas apresentou problemas durante a classificação. Nico Rosberg e Lewis Hamilton completaram o pódio. Räikkönen ainda bateu quando ocupava a quinta colocação, Massa foi apenas o 13º. Curiosamente, o espanhol só chegou ao topo em função do acidente de seu companheiro de equipe, Nelsinho, de quem ele reclama que não tem ajuda.
A vitória do piloto da Renault comprova que esta é uma das temporadas mais disputadas dos últimos anos. Alonso foi o sétimo vencedor diferente este ano. O último campeonato com mais vencedores foi em 2003, com oito pilotos.
No campeonato, Hamilton abriu sete pontos de vantagem para Massa e precisa apenas chegar em segundo nas três provas restantes. As próximas etapas serão realizadas no Japão e China, nos dia 12 e 19 de outubro. A McLaren assumiu a liderança nos construtores, um ponto à frente da Ferrari.
Rápidas
As negociações para 2009 já começaram. Enquanto Alonso não decide se sai, ou não, da Renault, uma revista inglesa apontava o brasileiro Lucas di Grassi, que fez uma campanha fantástica na GP2, como substituto de Nelsinho Piquet, que vem tendo um péssimo desempenho no ano, apesar do pódio na Alemanha. Na Honda, já é acenada a possibilidade de trocar Barrichello por Bruno Senna.
Nos próximos dias, a associação das equipes deve apresentar à FIA um pedido de alteração nos treinos livres de sexta-feira. Martin Whitmarsh, dirigente da McLaren, quer que as sessões durem 45 minutos e quem marcar o melhor tempo ganhe US$ 1 milhão em prêmios. Dificilmente a FIA aceitará, sem que alguém custeie este valor.
Ferrari joga corrida fora e compromete campeonato do brasileiro
Edmur Hashitani
Pela primeira vez em quase um ano de coluna, não tenho a menor vontade de comentar o último GP de Fórmula 1. A isenção jornalística ficou por lá, no box ocupado pela Ferrari na pista temporária de Cingapura. Porque, durante a chatíssima primeira parte da prova, eu já pensava neste parágrafo: “brasileiro faz história”; “Massa é o primeiro a vencer prova noturna”; e “noite cingapurense é embalada por hino brasileiro” eram algumas das possibilidades cogitadas até Piquet Jr. acertar o muro e causar a entrada do Safety Car.
Porque logo após o erro de Nelsinho, o carro de Barrichello apagou estranhamente. Superstições a parte, temi pelo futuro de Felipe Massa na prova. E então o piloto entrou nos boxes, trocou os pneus e Kimi Räikkönen encostou, esperando sua vez de realizar as trocas. O mecânico-chefe, Federico Uguzzoni, talvez na pressa de liberar a vaga para o finlandês, apertou antecipadamente o botão que liberava o mini-semáforo do brasileiro. Isso porque a Ferrari teve a genial idéia de trocar o velho “pirulito” por um sistema eletrônico. O resultado, todos já sabem. Felipe saiu com mangueira e tudo, fechando Sutil.
Além do enorme tempo perdido, esperando a equipe retirar o equipamento, o paulista foi punido pela manobra perigosa. Voltou na última posição, enquanto Hamilton figurava no meio do pelotão. Tudo em função de um botão apertado na hora errada. Coincidência, ou não, ano passado o inglês perdeu o título após apertar um botão errado em seu volante na etapa decisiva.
Outra coincidência é que Uguzzoni é o mesmo funcionário que liberou Schumacher antes do reabastecimento em um GP em 2000. Algum tempo depois, o alemão resolveu instalar espelhos nas placas de pit-stop, para poder ver o que está acontecendo. Tendo por base a idéia do multi-campeão, dá pra perceber que o equipamento eletrônico é um retrocesso, pois tira todo o controle das mãos do piloto.
Sobre a corrida, justiça seja feita, a vitória ficou com Fernando Alonso, que havia sido o destaque dos treinos livres, mas apresentou problemas durante a classificação. Nico Rosberg e Lewis Hamilton completaram o pódio. Räikkönen ainda bateu quando ocupava a quinta colocação, Massa foi apenas o 13º. Curiosamente, o espanhol só chegou ao topo em função do acidente de seu companheiro de equipe, Nelsinho, de quem ele reclama que não tem ajuda.
A vitória do piloto da Renault comprova que esta é uma das temporadas mais disputadas dos últimos anos. Alonso foi o sétimo vencedor diferente este ano. O último campeonato com mais vencedores foi em 2003, com oito pilotos.
No campeonato, Hamilton abriu sete pontos de vantagem para Massa e precisa apenas chegar em segundo nas três provas restantes. As próximas etapas serão realizadas no Japão e China, nos dia 12 e 19 de outubro. A McLaren assumiu a liderança nos construtores, um ponto à frente da Ferrari.
Rápidas
As negociações para 2009 já começaram. Enquanto Alonso não decide se sai, ou não, da Renault, uma revista inglesa apontava o brasileiro Lucas di Grassi, que fez uma campanha fantástica na GP2, como substituto de Nelsinho Piquet, que vem tendo um péssimo desempenho no ano, apesar do pódio na Alemanha. Na Honda, já é acenada a possibilidade de trocar Barrichello por Bruno Senna.
Nos próximos dias, a associação das equipes deve apresentar à FIA um pedido de alteração nos treinos livres de sexta-feira. Martin Whitmarsh, dirigente da McLaren, quer que as sessões durem 45 minutos e quem marcar o melhor tempo ganhe US$ 1 milhão em prêmios. Dificilmente a FIA aceitará, sem que alguém custeie este valor.
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